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((((* "O QUE VEM SEMPRE ESTEVE AQUI, A PAZ ESTA DENTRO DE TI E SO VOCE PODE TOCALA, SER A PAZ SHANTINILAYA, NADA EXTERNO LHE MOSTRARA O QUE TU ES. NADA MORRE POR QUE NADA NASCEU, NADA SE DESLOCA PORQUE NADA PODE SE DESLOCAR VOCE SEMPRE ESTEVE NO CENTRO, NUNCA SE MOVEU , O SILÊNCIO DO MENTAL PERMITE QUE VOCÊ OUÇA TODAS AS RESPOSTAS" *)))): "ESSÊNCIAIS" "COLETÃNEAS " "HIERARQUIA" "PROTOCÓLOS" "VÍDEOS" "SUPER UNIVERSOS" "A ORIGEM" "SÉRIES" .

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

BIDI - 28-10-2012 - AUTRES DIMENSIONS


Bem, BIDI está com vocês e os saúda, e nós vamos continuar, se vocês querem, nossas trocas e conversas. Eu escuto, então, suas questões.
 
Pergunta: quando estamos carregando responsabilidades espirituais e materiais devemos nos deixar viver os últimos sobressaltos da vida sensual deste mundo carbonado (com o risco de esquecer ao que nós nos consagramos ao longo de toda nossa vida), ou essas últimas provas são para nos permitir vê-las, para melhor superá-las.?
Sua questão é múltipla. Considerar que há o que quer que seja para se lembrar, referente à sua vida faz, portanto, apelo a um processo de memória ou recordação. N
em a memória, nem qualquer lembrança, concernem ao que você É.

O que apareceu um dia, e que desaparecerá um dia (e que você chama sua pessoa, sua vida) está inscrito, necessariamente, em meio a um efêmero. De um lado, o que você chama “prova”, o que você chama “responsabilidade” não concerne, justamente, a não ser a esse efêmero e absolutamente a nada mais.


Somente a personalidade se coloca entre um início e um fim, correspondente ao aparecimento e ao desaparecimento da vida, em meio à consciência. A noção de prova, a noção de responsabilidade, concerne apenas a esse saco de comida e esse saco mental e, em caso algum, ao que você É. Reagir ou não reagir, concernirá sempre ao desenrolar do efêmero.


Eu o convido, portanto, a considerar que o conjunto das proposições concerne apenas ao que é efêmero e, portanto, concerne apenas à pessoa em meio a uma crença em uma evolução, uma crença em provas, uma crença na perpetuação da memória ou de uma lembrança. Você não é nada de tudo isso.

Assim não se coloque a questão de agir ou de não agir, mas sim de olhar agir ou não agir, uma vez que você não é concernido pelo agir ou pelo não agir.
Enquanto há a implicação, através de um efêmero, não pode haver Absoluto.

Pergunta: você especificou que a perpetuação da memória não tinha razão de ser. No entanto, através de suas intervenções, você utiliza a sua memória?

Absolutamente não. Uma vez que você considera que existe um tempo linear e que quem se exprime é a consequência de uma ou de encarnações que esta consciência tomou. Por outro lado, não é de modo algum questão de qualquer perpetuação, de qualquer memória. Considerar a perpetuação da memória mantém você, de uma maneira ou de outra (deste lado aqui do Véu como do outro lado do Véu), na Ilusão de um eterno. Nenhuma perpetuação da memória pode ser eterna.

 
O eterno não tem o que fazer da memória. Este que se exprime, hoje, transcende o que vocês chamam as barreiras do tempo. O que eu exprimo, neste instante, não é a sequência lógica do que eu exprimia, em um dado momento, mas se inscreve no mesmo tempo, além de seu tempo.

É muito difícil para o intelecto conceber que o que é dito hoje não é uma continuação ou uma perpetuação, mas sim a mesma expressão, a mesma qualidade, independente de minha vida passada, independente de qualquer tempo.


O que é exprimido (e este foi o caso quando, segundo seus dados temporais, eu fui encarnado) não tem nada a ver, justamente, com minha memória, ou qualquer encarnação. Uma vez que o que eu exprimo não é uma continuidade, mas se inscreve no mesmo tempo, além de nosso tempo e de seu tempo.


Qualquer memória está em ressonância com a lei de ação/reação. Nenhuma memória pode existir quando não há mais ação e reação, mas sim o Estado de Ser (Êtreté), ou ainda o Absoluto. Experimentar e estabelecer-se na Infinita Presença, no Estado de Ser (Êtreté), ou no Absoluto, coloca fim a qualquer memória.


Em meio à consciência, a memória pertence ao efêmero. A consciência se apoia sobre a memória, se apoia sobre a antecipação, mas memória e antecipação pertencem sempre à ação/reação, à dualidade e, portanto, ao efêmero.


Você não pode se apoiar sobre nenhuma memória, sobre nenhum antecedente, e mesmo sobre nenhuma projeção, para ser o que você É. Isto muda o ponto de vista, muda o olhar e te coloca, de maneira irremediável, no que você É, e não no que você crê, e não como resultado de uma memória, ou como antecipação de uma projeção.

O mais duro, para a pessoa, como para a consciência, é, justamente, parar de crer-se.  Nenhuma consciência pode conduzir à a-consciência. Nenhuma memória pode conduzir ao Estado de Ser (Êtreté), à Unidade, como à Infinita Presença ou ao Absoluto.

Enquanto a memória existe, enquanto há uma relação a um passado, a uma história, você se inscreve, em meio à consciência, nessa memória e nessa história, e você não é, então, Livre.


O que permanece quando esse saco desaparece?

O que se torna a memória (quer você creia ou não em qualquer reencarnação)?
O que permanece do que você era antes (que esse antes seja ontem, um século ou mil anos)?

Libertar-se da memória, esquecer a memória, é estar disponível para o presente. Se há memória, há indisponibilidade para o presente.

Pergunta: a passagem nesta Dimensão de dualidade, encarnados, não vai servir para nada, então?
Não serviu para nada, não servirá para nada e jamais servirá a outra coisa. 
Esse saco aparece um dia, ele desaparece outro dia. A consciência vai acreditar que ela é uma sequência de experiências, delimitadas em um tempo chamado “encarnação”, mas o que permanece de uma encarnação a outra? Nada.

O que você É jamais se moveu, jamais existiu, sempre Esteve aí e Estará sempre aí. Somente o olhar da pessoa e da consciência os leva a considerar suposições que não são consistentes. O que você exprime, através disso, é o que deseja a consciência: é uma forma de perpetuação, uma forma de infinito, uma forma de eternidade, que não pode existir. 

A consciência sonha uma eternidade. A pessoa sonha uma perenidade. Isto não pode ser.


O que você É não corresponde a nenhuma dessas proposições.

Se o que você é, hoje, em meio a esta vida, devia te servir para uma vida posterior, por que ela desapareceria quando você aparecesse, de novo, sobre este mundo?

Qual é o valor do esquecimento, em relação à memória? Explique-me isso.

Todos os mecanismos do vivente, em meio a este mundo, passam por mecanismos que vocês chamam “aprendizagem”.


  O que você É não tem necessidade de nenhuma aprendizagem, de nenhuma educação, de nenhuma sociedade e de nenhum mundo. Aceitar isso (além da crença) é já mudar o ponto de vista, mudar o olhar e se descobrir tal como você É. 

Enquanto você conservar (para a pessoa ou a consciência) a ilusão de uma memória, de um progresso, de uma evolução, de uma transformação, você inscreve você mesmo no efêmero, o que você não É.


Pergunta: qual é a diferença entre Absoluto e nada (néant)?
Para a pessoa, para a consciência, o Absoluto é o nada. Para o Absoluto, o nada é uma estupidez da pessoa. Nada mais. Enquanto você não pode ser o que você É, porque existe uma distorção induzida pela pessoa, induzida pela consciência, então você está no erro e você considera que o Absoluto é o nada.

O desaparecimento dos limites (resultam do saco, o de comida como o mental) cria a suposição de uma identidade, de uma delimitação e de um espaço limitado. O que você É, não é isso, absolutamente.


Como, o que é limitado (pelas ideias, pelos pensamentos, pelas concepções, pela forma, ela própria, da carne) pode pretender ser Absoluto?


Para ele, isso se chama o nada. Somente aquele que é Absoluto se dá conta, de algum modo, por ele mesmo, que o nada é uma secreção de medo do saco.


Quando você dorme, o mundo está aí?

Quando você dorme, o “eu” está aí?


O Absoluto te faz ver que você está além de uma história, além de uma pessoa, além de qualquer saco e além de qualquer consciência. Mas enquanto você não o vivenciou, esse Absoluto é um absurdo, um nada.

Pergunta: que  diferença há entre Unidade e Absoluto?
Na Unidade, a consciência está presente, ela olha a si própria em um  espelho particular, sem fundo, sem reflexo: é um auto-espelhamento. A Unidade é uma contemplação, um estado da consciência com diferentes etapas (denominadas “Samadhi”) correspondente à consciência Turiya.

O Absoluto não é uma consciência: é o que você É.

A consciência existe sobre a cena de teatro, na poltrona daquele que olha, no teatro ele próprio.

O Absoluto sabe que há um teatro, mas sabe também perfeitamente que ele não é nada do que constitui o teatro: tanto dualidade como unidade. O Absoluto corresponde à a-consciência. A Unidade corresponde à consciência total ou, se você prefere, uma consciência absoluta.


O Absoluto não é em nada concernido pelos jogos da consciência. Constatar a Unidade, viver a Unidade, é um estado da consciência. Ser Absoluto, é ser além de qualquer estado e, sobretudo, não uma consciência.


O Absoluto se vive após a Dissolução ou durante a Dissolução. A Unidade se vive enquanto Comunhão de consciência, de Si a Si, ou de qualquer Si a outro Si. A consciência é experiência. O Absoluto não é concernido por nenhuma experiência, nenhuma contemplação.


A consciência não pode apreender o Absoluto. É o Absoluto que contém a consciência. É o Centro presente em todo centro.
A Unidade é ter consciência do conjunto das consciências, mas isso não é sair da consciência.

Pergunta: o Absoluto se move?

Ele permite todos os movimentos. Sem ele, nenhum movimento. Sem ele, não há consciência. O Absoluto é ao mesmo tempo preliminar a qualquer movimento e é todos os movimentos, assim como a imobilidade. Mas, para o Absoluto, não há diferença entre a imobilidade e o movimento.

Dar um qualificativo ao Absoluto torna-se, muito rápido, um absurdo, é por isso que aquele que é Absoluto não pode, como eu já disse, de modo algum, traduzir em palavras o que é vivido.


O que é vivido não é uma experiência da consciência, mas sim o cessar total de qualquer consciência é que faz aparecer o que você É.  O que você É poderia ser denominado “anterior à consciência” e, contudo não é nada, pois é o que contém todas as possibilidades da consciência.


Pergunta: então, é o Absoluto que vem a nós. Em nenhum caso, nós podemos ir a ele?
Como eu lhes disse, enquanto vocês acreditam buscar o Absoluto, vocês fracassam. O Absoluto é o que você É. O que você É, não pode ser nem buscado, nem encontrado, uma vez que já está aí. Enquanto você o busca, é a pessoa que busca.

Enquanto você crê, é a pessoa que crê. O que cria a dinâmica da busca é a consciência e, ao mesmo tempo, o que é denominado a separação. O que exprime bem que a pessoa é separada: ela se vive como tal, inscrita em um limite temporal chamado o nascimento e a morte. Ela cria para si, em meio a esta vida, histórias (espirituais, sociais, materiais, afetivas) de responsabilidade.


Essa noção de responsabilidade, essa noção de evolução, muda o que quer que seja para o desaparecimento do efêmero?

Quaisquer que sejam as crenças desse saco, quaisquer que sejam as experiências desse saco, ele terminará um dia. O que fica então?


Eventualmente, você pode me responder: “a consciência”, se sua consciência, ela própria, não está mais limitada e separada e dividida, mas tem acesso a suas próprias memórias.


Pergunta: por que o Absoluto apresenta disfunção, isto é, nos mergulha em um sonho que não existe?

Mas não é o Absoluto que apresenta disfunção, é você.


Pergunta: ser Absoluto com forma, está programado anteriormente?
E seria programado de acordo com qual  lei, qual prazo, e qual calendário? É impossível. O Absoluto é o que você Foi, o que você É, o que você Será, além de qualquer ser, de qualquer pessoa e de qualquer consciência.

A consciência não pode se programar para Ser Absoluto: é, justamente, uma desprogramação total da consciência. Quanto à pessoa, para ela, é o nada. Do ponto de vista da pessoa, o Absoluto não pode existir, não pode ser, e não pode aparecer.


Eu lembro que não há passagem da pessoa ao Absoluto, como da Consciência à a-consciência.
É o parar da busca, ela própria, o parar de perseguir um objetivo, o parar de qualquer crença, de qualquer suposição, que desvela (pela refutação, pela pesquisa, pela maturidade) o Absoluto.

Pergunta: dizer "que a Liberação seja feita" pode nos ajudar a sair desta ilusão?
A partir do instante em que você pronuncia essa frase, você considera, portanto, que você não está Liberada. Você coloca, então, uma distância com o que você É.


Como, colocando, de imediato, uma distância com o que você É, você pode esperar encontrar o que você É?

Você inscreve, por meio dessa frase, o Absoluto, como um objetivo, como uma busca, como uma falta. É um erro.


Pergunta: o que é o Absoluto, é o Amor e isto é tudo?

Quando você diz "o Absoluto é o Amor", então você define o Absoluto.
O Absoluto pode ser definido? Acrescentar "isso é tudo" quer dizer que você limita e, delimita o Amor e o Absoluto.


O Absoluto, é claro, contém o Amor, ele é o recipiente do Amor, o conteúdo do Amor. Mas você não pode dizer: “ o Absoluto, é isto ou aquilo”. Uma vez que você busca para se referenciar, sobre uma definição, o que, para você, é o Amor, em seu ideal, em sua consciência, em suas projeções, em suas metas, em seus objetivos. Tentar definir, assim, o Absoluto, o distancia dele.

Não mais definir, não mais dar um qualificativo, não buscar uma razão, um sentido, uma explicação, uma lógica (a capitulação de todos os aspectos da pessoa e da consciência), o faz Realizar o que você É, de toda Eternidade. Não há outra possibilidade. Qualquer definição pertence à consciência. O Absoluto não é a consciência.


Pergunta: você repete que não há nada a fazer, mas nós ainda vivemos sobre esta Terra onde estamos, portanto, obrigados a fazer as coisas, sabendo inteiramente que são da ilusão?

Mas eu nunca disse para não fazer nada. "Ficar Tranquilo" diz respeito a consciência. Eu mesmo especifiquei que tudo o que era para fazer, para esse saco, era para fazer.


O Absoluto não é ser preguiçoso. O Absoluto consiste em mudar de olhar, de ponto de vista, e de consciência. Jamais eu disse que não era necessário fazer o que era necessário fazer por esse saco, bem ao contrário.

A pessoa escuta sempre o que ela quer. Eu jamais disse isso. Ninguém jamais lhes disse isso. Foi especificado, por alguns Anciãos, há alguns anos, que havia circunstâncias de vida a mudar, para desbloquear a liberdade. Mas ninguém jamais disse (e eu, ainda menos) que era necessário nada fazer. Quando eu digo “não faça nada”, eu não falo das atividades da pessoa, eu me dirijo ao que vocês São.

Um Absoluto com forma deve recusar a encarnação?

A recusa é uma oposição da consciência, e não diz respeito em nada ao Absoluto.

O que você É não tem o que fazer do que se faz, de como você o faz, ou como você o realiza. As obrigações concernem à pessoa, mas não ao que você É.


Acreditar que sua pessoa, extraindo-se das obrigações, vai encontrar o Absoluto, é um erro. A pessoa não pode compreender o Absoluto, você tem a prova. Ela interpreta os dizeres segundo seu ponto de vista, quer dizer a própria pessoa.
Enquanto você raciocina assim, e age assim, isso mostra que você não está “Tranquilo”. 

Pergunta: Existe mudança de consciência por perceber que tudo isso é ilusão?

Nenhuma mudança na consciência conduz ao Absoluto. O que você diz é uma primeira etapa que desencadeia a mudança de ponto de vista.
Mas se você rejeita a ilusão, opondo-se a ela, você vai necessariamente reforçá-la.

Pergunta: Eu creio que ...
O que você acredita não tem qualquer importância: isto que você É, que é importante. Crer ou não crer, não muda nada do que você É. Acreditar é uma dinâmica da ação, do movimento, e da própria ilusão.

Pergunta: desinteressar-se das experiências de vida revela uma mudança de ponto de vista?

Ambos são possíveis: seja porque há uma indolência, seja porque há Absoluto. Mas só você conhece a resposta. Como eu disse, aquele que é Absoluto não se põe mais questão sobre o Absoluto. Ele não pode fazer-se perguntas sobre isso.

Da mesma forma que aquele que faz uma saída do seu corpo, sabe que ele existe fora deste corpo: ele não se coloca mais a questão da existência, ou não, de algo após este corpo, uma vez que ele o viveu.


Mas aquele que não o viveu poderá fazer-se todas as perguntas do mundo, criar todas as crenças do mundo, todos os pensamentos do mundo, isso não será mais do que abstrações, porque ele não o viveu. Contanto que vocês não estejam mortos para si mesmos, vocês não podem Viver o que vocês São. Mas vocês não podem submeter à morte a pessoa.


Pergunta: abandonar todo esforço e contentar-se em viver o que a vida oferece, dia após dia, é isso o que convém fazer?

Não há nada a fazer. Enquanto você considera que existe um estado prévio (através de uma pesquisa, por meio de "viver o dia a dia"), isso diz respeito ao saco e a consciência, mas não ao que você É. Para alguns sacos, este estilo de vida é o que é proposto pela Inteligência da Luz. Assim, faça-o. Realize-o. Mas perceba que o que você faz, ou o que você realiza, não o afastou nem o aproximou do que você É: Aí, está a maturidade. O Absoluto não tem o que fazer do seu grau de atividade ou inatividade.

O Absoluto não tem o que fazer do seu grau de evolução, de iniciação, ou de qualquer outra coisa (como da sua idade, ou do seu sexo, ou de não importa o quê). Aí, está a Verdade. Eu o lembro de que o Absoluto ocorre quando da capitulação da Consciência. Esta capitulação não é nem um fazer, nem uma ação, nem mesmo um estado de ser: é espontânea, imediata.


A partir do instante em que você está, de alguma forma, extraído (sem o desejar, sem o almejar) das ilusões e de todo efêmero, isso não põe fim ao seu efêmero, isso não põe fim às responsabilidades deste saco: é totalmente independente disso. Para alguns, isso vai ser assim. E para outros, a Inteligência da Luz os coloca frente aos desafios.

Tanto um como o outro são, muito exatamente, o que lhes é proposto. Mas eu os lembro de que, o que quer que seja que lhes proponha a Inteligência da Luz, é destinado a conduzi-los ao Si, à Unidade, até mesmo à Última Presença ou Infinita Presença. Mas o mecanismo Último (se assim posso dizer) sobrevém, de alguma forma, quando, mesmo, tudo isso é largado (solto), na totalidade.

É o momento em que a consciência não reivindica mais nada, nem mais a ela mesma (no Si ou na Unidade) o que se mostra, de alguma forma, é o que você É.


Pergunta: por que o Si, se narcisista, renunciaria a ele mesmo?

Ele não pode. A consciência não renuncia jamais a ela mesma. A projeção conduz à projeção. A
criatividade conduz à criação. A experiência conduz à experiência. Porque o conjunto do que é conduzido, envolve uma comparação: consciência Unitária, consciência dualitária, etc., etc. Mas o que você É não está, de forma alguma, relacionado a isso. Não é do Si que se realiza o Abandono do Si.

Não é um ato de vontade, não é um ato relacionado a uma prática (muito menos a uma ascese, e muito menos a uma moral), mas, sim, esse famoso vazio do Si, ou da pessoa, este cataclismo final da própria consciência, que o faz descobrir o que você É.


Da mesma forma que, quando a maior parte dos Irmãos e Irmãs humanos vivem experiências fora do corpo (ou de aproximação da morte), não há propriamente um traumatismo (qualquer que seja), uma ruptura da continuidade e, portanto, essa forma de descontinuidade que leva a Ser o que você É, mas não antes. Vou retomar outro exemplo, que é familiar a vocês, pois é utilizado, em numerosas ocasiões, pelo Comandante dos Anciões (ndr: O.M. AÏVANHOV).


A Consciência, que vocês procuram, parece-lhes distante. Esta Consciência é o amendoim no pote. Quando vocês veem o pote e os amendoins, é necessário colocar a mão dentro do pote, para agarrar os amendoins. E o que acontece naquele momento? A mão não sai mais do pote.
Convém, portanto, superar o amendoim, o pote, e a mão. Mas enquanto você considera que existe um pote, os amendoins, e uma mão para agarrá-los, não há solução.

A consideração das refutações (conduzidas, ou não, por vocês, até agora) foi destinada a fazê-los mudar de ponto de vista. Era uma forma de lógica que se dirigia à pessoa e ao mental. Qualquer outra atividade mental (da pessoa, ou até mesmo, da Consciência a mais ampliada) não lhes é de qualquer utilidade.
Realizar o Abandono do Si, não é uma Realização: é uma Libertação.

Não é um objetivo a atingir, é sim, ao contrário, algo a soltar. Mas este algo a soltar não deve ser confundido com o fato de não fazer mais nada. A consciência é o que mantém. A a-consciência é o que soltou. O que quer que vocês mantenham (com a consciência, com as ideias, com as crenças, com as memórias, com as projeções), enquanto vocês mantêm o que quer que seja disso, vocês não estão Livres
 
Aquele que é Livre não apagou suas memórias: elas estão sempre aí, mas elas não o afetam mais. A pessoa como a Consciência, o ego como a Consciência Unificada, estão sempre à procura de uma experiência, de um objetivo, e de um propósito. Nenhum objetivo, nenhuma experiência e nenhum propósito, não ressaltam o Absoluto.

Pergunta: a percepção de um movimento quando tudo está tranquilo revela o Abandono do Si?
O movimento é um processo Vibracional. Tudo depende se este movimento nasceu em algum lugar neste saco, ou se ele toma todo o saco de uma vez. O movimento, a impressão de movimento, ou a percepção de um movimento, podem ser ligados a uma das etapas finais da própria consciência.

Mesmo que não exista nenhuma passagem, estritamente falando, entre a Infinita Presença (ou Abandono do Si, totalmente realizado) e o Absoluto, então pode-se dizer que estas são as primícias, as testemunhas, se você preferir, de que o ponto de vista está mudando.


Da mesma forma que as experiências de Comunhão, de Fusão, e de deslocalização prepararam vocês. Da mesma forma, que o contato com outros Absolutos, pelo Canal Mariano, preparou vocês. A Onda da Vida é também um movimento. Quando a pessoa é apagada, e quando a consciência para de observar-se a si mesma (mesmo no Si), então a Onda da Vida se lança. O Absoluto está, então, presente. Isso é vivido, e isso é plenamente consciente, porque vocês tocam a sua natureza, além da própria consciência. Isto é o que vocês São.



Pergunta: ter o olhar que não vê mais nada e que salta reflete uma mudança de ponto de vista?
Não, porque o que é visto, naquele momento, é visto pela própria consciência. Certamente, diferente daquele da pessoa, mas muito ligado à consciência pessoal, ainda assim, qualquer que seja o gênero de visão e a forma de visão. O Absoluto não é uma visão.

O Absoluto não é um estado. Mas, é claro, existe, no seio dos estados finais da consciência, antes do Abandono do Si (mesmo que isso não seja uma finalidade), a manifestação de certo número de elementos Vibratórios que lhes são conhecidos, mas que não passam, para o Absoluto, de uma ilusão.


A identificação da consciência com as Vibrações conduz à expansão da consciência até a Unidade e até a Infinita Presença, mas nunca ao Absoluto visto que o Absoluto é o desaparecimento da própria consciência. Ora, como a consciência que Vibra, que se expande, poderia desaparecer? Esta é uma experiência da consciência.
O verdadeiro olhar é, de fato, sem os olhos, sem discriminação, sem qualquer sensorialidade, sem qualquer percepção, sem qualquer concepção, sem qualquer lógica aparente.

A melhor testemunha é a Onda da Vida, que é uma propagação e um movimento, que visa, como vocês o sabem, superar alguns obstáculos da pessoa, e da sobrevivência da pessoa, e então é destinada a favorecer o Coração. Estes mecanismos são, os testemunhos da colocação em ação, inconsciente, da confrontação, da própria consciência (que você percebe) com o Absoluto.

Mas isso ainda não é o Absoluto. Isso não é um precedente, você vai considerar que esta é uma etapa que acontece, mas esta etapa não é absolutamente indispensável, ou mesmo necessária. Ela é talvez mais adaptada às condições de Luz atual, aí onde vocês estão. Na minha encarnação, isso não era necessário.


Pergunta: haverá muitos Absolutos com a forma antes do fim?

Eu posso responder, dizendo a você que haverá um monte de Absolutos com a forma, como sem forma, depois do fim. O fim não existe para o Absoluto.


Pergunta: o que fazer enquanto se espera o fim?
Eu empurro para mais longe o seu raciocínio. Desde que você está na idade de conceber que você é uma pessoa (depois de três ou quatro anos), você sabe intimamente, naquele momento, que o que apareceu, dentro desta forma (este corpo, este campo de consciência) tem um fim. Seria, portanto, você quem decide, desde a idade de quatro anos, não fazer nada? O sentimento de um fim, se ele deve levar a um desinteresse, não leva você a nenhum lugar, porque vai se tratar sempre de uma fuga.

Aquele que é o Absoluto não é afetado, nem pelo início, nem pelo fim (de si mesmo, como do mundo). Não há qualquer atitude mental satisfatória para o Absoluto,
porque se você diz a si mesmo que em tantas semanas, é o fim, e que você espera este fim, você se engana. Olhe: na maioria das vezes, quando se anuncia a um saco de comida que ele vai partir de uma doença grave, o que acontece? Na maioria das vezes, essas pessoas estão vivendo mais do que nunca. Elas saboreiam cada minuto, cada dia e a cada hora.

Isto é independente da atividade ou da não atividade. Esta é, eu diria, uma atmosfera Interior. É como se, sabendo que você é uma pessoa (de quatro, cinco anos) que acabará um dia, você se diz: "este dia é inevitável, de que serve deixar viver esse saco?". Ora, a recusa da Ilusão mantém a Ilusão.


Da mesma forma, toda espera (mesmo justificada, mesmo real) de um evento real demonstra o que você é. A espera coloca uma distância com o que você É. Esperar que o fim do que quer que seja, permitirá a você ser Absoluto, é um erro. O fim do que quer que seja lembra você, simplesmente, o que você É, para além da pessoa.

Isto se chama a Liberação. Aquele que é o Absoluto, é Liberado Vivente. Ele não precisa esperar por um eventual, ou um real, fim do que quer que seja, para Ser isso. Nunca queiram colocar-se, a si mesmos, em um sentido de espera, porque o sentido de espera (como de expectativa ou de esperança) põe uma distância.

Há uma armadilha. Como já foi dito, vivam cada minuto, aí onde vocês estão, plenamente, inteiramente, como se fosse o último, porque, de qualquer maneira, aparecendo em uma pessoa, há a certeza e a inevitabilidade do fim desta pessoa.


Pergunta: amar a ilusão, isto é, amar a natureza, amar as flores nos afasta do Absoluto?
Mas tudo depende do que você chama amar. Há tantos seres humanos quanto definições do amor. Se você ama, sem se apegar, não há qualquer razão para que a natureza o afaste do que você É, já que a natureza é Absoluta, para além da aparência. Tudo depende do que você gosta. É a cor, é a forma, é o cheiro, é a aparência ou é a essência?

Toda diferença vem de você, mas não da natureza. Nada pode afastá-lo, nada pode aproximá-lo. Há apenas circunstâncias que reforçam a ilusão, que a mantêm e a conservam. E há circunstâncias que o Liberam disso. Mas as circunstâncias são Interiores: elas não dizem respeito à cessação de uma atividade ou de uma responsabilidade.


O fato de estar na natureza ou em um apartamento, em Absoluto, não muda nada. Mas é claro que a natureza e o que é natural permite, de maneira mais ampla, a priori, expandir a consciência. Mas não é necessário confundir as manifestações de um objetivo qualquer com o Absoluto.


Pergunta: Vocês disseram que a natureza é Absoluta. Poderia desenvolver?
Além da forma, da aparência, dos odores e das cores. Como é que o que está sob seus olhos poderia escapar de ser Absoluto?

Enquanto vocês considerarem que o Absoluto é um objetivo, uma meta, uma finalidade, uma prática, vocês não estão lá. Uma árvore é Absoluta. Há uma consciência na árvore.
O Absoluto não faz diferença entre uma folha de grama, uma árvore, uma galáxia e um universo. Ele os contém, todos, da mesma maneira.

A árvore, como qualquer outro elemento da natureza, obedece a um projeto, o projeto da Vida: nascimento, crescimento, decadência e morte. Além desta aparência, além de seus movimentos, de suas formas diferentes, há o Absoluto. Será que a árvore se coloca a questão de ser uma entidade, uma consciência, ou um Absoluto? Não, ela é tudo isso ao mesmo tempo. Há apenas o mental humano que criou a distância. Uma árvore não pode criar distância.


Pergunta: O porco que se abate ou o pombo e o pato que Hildegarde de Bingen recomenda que se coma, como eles se situam em relação ao Absoluto?

Da mesma forma que você, quer seja o porco, o pombo ou você, isso não faz nenhuma diferença. O Absoluto não é dependente de uma forma de vida ou de uma outra forma de vida. Você procura julgamentos de valor ou definições ao que não tem.

 
Quem é Absoluto com forma vê as diferentes formas, concebe que um porco não é um pombo, que um pombo não é a sua pessoa, mas que isso não muda nada. Você quer trazer o Absoluto ao seu campo de compreensão, ao seu campo de percepção, ao seu campo de experiência, mas é impossível.

Nós não temos mais perguntas, nós agradecemos.


Pois bem
, Bidi cumprimenta vocês, e vai se encontrar com vocês uma última vez, e eu lhes digo então até logo.


Mensagem de BIDI no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1661

28 de outubro de 2012
(Publicado em 30 de outubro de 2012)
Tradução para o português:
Ligia Borges e Josiane Oliveira - http://fontedeunidade.blogspot.com/
http://minhamestria.blogspot.com/



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