Esta foi a pergunta que me fiz hoje: “Estou falando para quem?”
Aprendi a não esperar pelas respostas que me agradam. Aprendi a nem esperar por respostas, muito menos as que agradam. O que descobri, e fiz isso sozinha, foi que quando não esperamos por nada, a Fonte nos traz tudo.
E então, ao me fazer esta pergunta, eu tive a resposta que precisava. Não a que gostaria de ter, mas a que precisava receber. Já dei muitas cabeçadas neste caminho. Cabeçadas suficientes para compreender muito bem a diferença entre ABANDONAR-SE À LUZ e QUERER ESTAR ABANDONADO À ELA.
E quando a resposta à minha pergunta foi: “Falo para a humanidade. Porque as Sementes honestamente despertas não precisam de mim, e as que ainda se enganam não conseguirão me ouvir.” – eu confesso que senti mais do que nunca que já não temos mais tempo para brincar de estar despertos.
Mas também foi hoje que o Anthonio me ajudou a lembrar de algo fundamental para todos nós: ORAI E VIGIAI.
Porque as distrações neste mundo são muitas, e mesmo os despertos podem escorregar. Quando falamos, gritamos e pedimos por vocês mesmos, é para que se lembrem disto. QUANDO FALO, GRITO E PEÇO POR MIM MESMA, É PARA QUE EU ME LEMBRE DISTO. Quantos de vocês estão tão preocupados em alertar aos outros sobre as muitas armadilhas deste mundo, que se esquecem de olhar para si?
Lembrem-se que não basta estar despertos, é preciso continuar firmes em suas posições. É preciso que estejam atentos a todas as armadilhas que ainda podem surgir. E elas surgem. Nós pulamos, batemos palmas e fazemos festa quando alguém diz algo com o que nos identificamos, algo que nos mostra o quanto já caminhamos.
E quando alguém aponta para as nossas feridas, o que fazemos?
Até quando vamos continuar dependendo de alguém que nos lembre que devemos ORAR E VIGIAR? Por quanto tempo ainda continuaremos precisando de alguém gritando para nos manter acordados?
Então, eu continuo não falando para aqueles que tiveram tantas oportunidades e não quiseram aproveitá-las. Não posso e não tenho motivos para desrespeitar sua liberdade.
De repente olhei para o trabalho desenvolvido no MM e vi quanto suor existe nele. Despertar e caminhar para Si é uma tarefa árdua. Fazer isto enquanto ajuda outros a fazerem o mesmo é mais árduo ainda. E trabalhar para manter os resultados obtidos só é possível com a Luz dando muito suporte. E eu me recuso a entrar neste espaço para alimentar egos. Minhas palavras, sejam elas quais forem, jamais serão para agradar aos seus egos.
Eventualmente falo para as Sementes que estão firmes em seu caminho, porque é preciso estar atentos, e podemos nos ajudar a lembrar disto. Mas não devemos cair na acomodação de sempre esperar que alguém venha nos acordar.
E falo para a humanidade, porque ela está começando a ter agora um pouco daquilo que nós já temos há muito tempo.
Lembram-se das mensagens mais antigas do AD? Elas lhes pareciam mais sutis? As mensagens recentes chegam abrindo o verbo e botando o dedo na ferida. E a Luz é tão amorosamente sábia, que preparou tudo em detalhes.
Nós tivemos a oportunidade de receber mensagens que iam complementando umas às outras e nos ajudando a encaixar as peças e encontrar as respostas. Tudo isto foi feito para nós. E agora eu lembro que: “A quem muito foi dado, muito será pedido”.
Nós tivemos um tempo, uma preparação, um time de ajudantes dos quais ninguém poderia reclamar. Tivemos várias oportunidades. Tivemos absolutamente tudo o que precisávamos para sair da acomodação e começar a fazer nosso trabalho.
A HUMANIDADE NÃO TERÁ 1/3 DE TUDO ISTO.
Se você pulou de alegria agora, se você se sentiu especial e privilegiado, ou se sentiu superior, ORAI E VIGIAI.
Não recebemos mais e por mais tempo porque somos especiais. Tivemos tudo isto porque nos comprometemos a fazer um trabalho, e estas eram as ferramentas que precisávamos ter. Apenas isto. E isto não é privilégio, é responsabilidade.
Vocês sabem o que é um cavalo de Tróia?
É apenas uma escultura de madeira. Uma escultura oca.
Como toda escultura de madeira, o cavalo de Tróia não escolhe pra onde vai, não faz o que quer e não fica onde deseja ficar. O cavalo de Tróia, ele mesmo, não é nada.
O que o faz especial é o que há em seu interior. O que determina para onde ele vai, é o que está em seu interior. O cavalo de Tróia só cumpre com o seu objetivo através do seu interior. A vontade de falar para a humanidade pode surgir de duas maneiras. Ou ela vem pelo coração, ou pelo ego. O que vem do coração é simples. Nós sentimos algo no coração e sabemos que aquilo é para ser compartilhado. O que vem do ego nos faz querer gritar para a humanidade que nós já vemos o que eles ainda não conseguem ver.
Mas o que cada um de nós vê ou não, é interior a cada um. Falar com o coração é deixar o coração aberto e dizer o que vier. Falar com o ego é deixar que a nossa empolgação em mostrar o quanto estamos bem nos desvie de nosso rumo.
Mas em qualquer situação, é preciso lembrar mais uma vez de não entrar na desgraçada da vontade de bem. Nossa função não é despertar ninguém.Falamos para os que estão prontos para ouvir, e não para os que queremos que ouçam. E a única maneira de saber diferenciar, é através do coração.
Não entupam a humanidade com suas vontades de bem. Não se desviem de seu interior para salvar o mundo. Não esperem que alguém venha gritar em seus ouvidos sempre que vocês derem uma dormidinha.
Quando a humanidade realmente precisar de vocês, o que acontecerá se não houver ninguém por perto para gritar em seus ouvidos?
E só pra finalizar, nunca é demais lembrar que o verdadeiro fazer não é FAZER, É SER.
Beth Rodrigues
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