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((((* "O QUE VEM SEMPRE ESTEVE AQUI, A PAZ ESTA DENTRO DE TI E SO VOCE PODE TOCALA, SER A PAZ SHANTINILAYA, NADA EXTERNO LHE MOSTRARA O QUE TU ES. NADA MORRE POR QUE NADA NASCEU, NADA SE DESLOCA PORQUE NADA PODE SE DESLOCAR VOCE SEMPRE ESTEVE NO CENTRO, NUNCA SE MOVEU , O SILÊNCIO DO MENTAL PERMITE QUE VOCÊ OUÇA TODAS AS RESPOSTAS" *)))): "ESSÊNCIAIS" "COLETÃNEAS " "HIERARQUIA" "PROTOCÓLOS" "VÍDEOS" "SUPER UNIVERSOS" "A ORIGEM" "SÉRIES" .

domingo, 24 de abril de 2011

MÃE – COMPANHEIRA DE SRI AUROBINDO – 29-04-2011 - AUTRES DIMENSIONS


Meu apelido era Mãe, manterei esse apelido.

Irmãos e Irmãs amados, obrigada por sua presença, obrigada por seu acolhimento.

Eu venho exprimir-me como Estrela de Maria sobre a Atração.
A Atração é o que permite sair da Ilusão e entrar na Verdade.
Isso necessita, de minha parte, primeiramente, esclarecimentos quanto às definições dessas palavras.

A Verdade de que eu falo não é a verdade de cada um porque, de fato, cada um tem sua própria verdade, que não é a verdade do outro.

Eu falo, obviamente, da Verdade absoluta, aquela da Luz e de suas qualidades.
As qualidades da Luz sendo a Transparência, a Humildade, a Simplicidade e a Inteligência.

A Inteligência nada tendo a ver com a inteligência humana.

Como lhes foi dito por NO EYES, o eixo VISÃO-ATRAÇÃO representou o eixo sobre o qual se apoiou o confinamento, opondo a Atração e a Repulsão.

A Atração de que eu quero falar é bem diferente da sedução ou do ímpeto.
A Atração de que eu quero falar conduz à Intenção e à Atenção de Luz e de Verdade absoluta.

A Verdade absoluta está ligada às qualidades intrínsecas da Luz, do Amor e nada tem a ver com sua verdade pessoal, a verdade de cada um ou o que pode ser concebido quanto ao Amor e à Luz, ou percebido quanto ao Amor e à Luz.
A Atração de que eu falo é aquela do Coração, diretamente religada à visão do Coração, ao Fogo do Coração, vindo romper o Fogo Luciferiano, o fogo do desejo.

Esta Atração não é uma ação.
Esta Atração aproxima-se do que é chamado Ahimsã, ou seja, o não-desejo.

O não-desejo não é esconder seus desejos.
O não-desejo não é um desejo forçado.
O não-desejo é um estado diretamente religado à Visão do Coração, permitindo estabelecer-se na Unidade, na Profundidade e permitindo superar a verdade pessoal e a ilusão pessoal.

A ilusão pessoal é constituída da ilusão da personalidade, da ilusão do Eu, da ilusão dos ímpetos, dos desejos existentes em toda vida humana, a partir de sua presença sobre esse mundo.

Esse mundo é Ilusão, Maya.
Ele é conduzido pelo desejo existente no eixo desviado ATRAÇÃO-VISÃO.

Este círculo vicioso, esse confinamento, como vocês sabem, rompeu-se.
O encanto rompeu-se para alguns que descobriram a Dimensão da Eternidade, chamado Estado de Ser, Fogo do Coração, Fogo do Espírito.

A Atração de que falo é, portanto, um estado de não-desejo, para não confundir com o desejo do ego, o ímpeto do ego, a sedução do ego.
O não-desejo é um estado de não-espera, é um estado de vacuidade em que a Luz pode agir, em que se revela então o Fogo do Espírito (pela Inteligência, pela Humildade, pela Simplicidade) que vem substituir, eu diria, corpo e propriedade, as ações da personalidade.

O Fogo do Coração, qualquer que seja seu lado ardente, vem pôr fim ao Samsara, à ilusão e ao Ahimsã, o não-desejo.

Nesse estado predomina o que é chamada a Alegria, o Samadhi, a Paz.
É um estado de plenitude, chamado também de completude, onde nada mais pode ser desejado no exterior de si.

A Realização do Si não se importa com a ação e, no entanto, ela é ação.
A Realização do Si não se importa com o desejo.
Ela entra na Atração inevitável da Luz para aquele que vive a Humildade, a Simplicidade e a Inteligência.

A Ilusão está ligada ao desejo, à falsificação da ATRAÇÃO-VISÃO que substituiu o eixo AL-OD, que criou, literalmente, a personalidade fechada, cortada, separada da FONTE e do estado de Plenitude.

A personalidade é, e será sempre marcada, devido a esse princípio de confinamento, pela não satisfação dos desejos reproduzindo-se ao infinito, quaisquer que sejam esses desejos.

Eu digo, efetivamente, quaisquer que sejam esses desejos.
Que esse desejo se exprima ao nível de tendências chamadas inferiores (como as drogas, como o álcool, como a sexualidade de tipo animal), como os desejos os mais elevados (espirituais, entre outros, esotéricos, se preferem).

Muitos mestres, dos quais SRI AUROBINDO, haviam falado: o estado de não-desejo é indispensável para a realização do Ser.

Esclarecer os desejos, podar os desejos, não conduz ao não-desejo, mas permite acelerar o processo de não-desejo manifestando-se no Fogo do Coração.

O não-desejo é o estado em que predomina a Atração pura da Luz, não como busca exterior, não como conceito, tampouco como percepção, mas como estado de Plenitude, acompanhando-se, ao nível da Consciência, de um sentimento de vacuidade, permitindo o estabelecimento, devido a essa vacuidade, do estado de Sat Chit Ananda.

A Atração, quando ela rompe o círculo vicioso da Ilusão, dos desejos vai permitir retificar o Eixo e recolocar a Cruz da Redenção no lugar.

Isso passa, é claro, por uma Virtude essencial, mas não suficiente, chamada Aqui e Agora, porque o desejo é sempre oriundo de uma não satisfação ou de uma necessidade de satisfação e, portanto, de algum modo, de uma projeção da consciência fora do tempo presente, fora do instante.
Não pode ser encontrado não-desejo numa qualquer projeção, num futuro ou num passado, uma vez que o passado é o impulso do desejo e o futuro é a projeção do desejo para sua realização.

Ahimsã, não-desejo, necessita já um esforço no Aqui e Agora.
Não um esforço do Aqui e Agora na meditação, mas o Aqui e Agora presente a cada instante.

Esse estado de Presença a si mesmo, no Aqui e Agora, é uma das condições prévias ao desaparecimento do desejo e não seu controle, ou seja, ao aparecimento da Atração final à Luz, não sendo mais um desejo, mas, verdadeiramente, como o disse minha Irmã Hildegarde, uma tensão para o Abandono.

Essa tensão para o Abandono remete à Repulsão da Ilusão.

Vocês não podem fazer desaparecer a ilusão da encarnação por um desejo.
Vocês não podem fazer desaparecer a ilusão da encarnação pela morte, uma vez que há reencarnação.

O único modo de fazer desaparecer a ilusão da encarnação é justamente estar Presente nesta encarnação e não mais estar Presente nem no passado, nem no futuro.
É, de algum modo, parar o tempo.
Parar o tempo conduz ao Ahimsã, o não-desejo.

O não-desejo coloca-os na Vacuidade, esvazia-os do que não é o instante presente, de suas próprias emoções, de suas próprias seduções, de sua própria verdade, geralmente não procedente de suas experiências, mas unicamente de crenças e de condicionamentos.

A crença e o condicionamento encontram sua fonte em seu passado, chamado educação ou mesmo experiências passadas de sua vida, e traduzem-se numa adesão que os afasta do instante presente.

O instante presente não é jamais referenciado em relação a uma experiência passada e ainda menos em relação a um resultado futuro.
O não-desejo começa a aparecer paralelamente à Visão do Coração.

A Vacuidade permite a instalação, como disse SRI AUROBINDO, a descida do Supramental na cabeça e, agora, desde a liberação do Sol, diretamente no Coração.

O Coração é um estado do Ser para além da personalidade, o que quer dizer que a personalidade não permitirá jamais viver o não-desejo e o Coração.
A personalidade não é a ferramenta que conduz ao Coração.
Ela é o obstáculo.
O corpo físico é o receptáculo e o templo da Luz, qualquer que seja a ilusão, porque seu Espírito está fechado nesse Corpo, como no Sol.

Fazer calar a personalidade não pode se obter pela imposição, porque o que se opõe, reforça.
É uma lei geral na dualidade.

O Espírito é livre.
O Espírito é a Vacuidade.
O Espírito é a Supra Consciência.

A instalação no Aqui e Agora permite aproximar-se da retificação do eixo Atração-Visão falsificado e substituí-lo pelo AL-OD, o Caminho, a Verdade e a Vida, o Alfa e o Ômega.
É uma condição prévia que permite, pouco a pouco ou brutalmente, fazer cessar a ilusão do Eu e de qualquer desejo.

Quando a Consciência está centrada no instante, inteiramente, nenhum desejo, nenhuma projeção, nenhum medo pode manifestar-se.
Isso se chama entrar no Presente, que é a etapa prévia à Paz e ao Samadhi.

Sair de sua Verdade é sair das personalidades múltiplas do Ser, das crenças múltiplas, dos condicionamentos múltiplos do Ser e, portanto, das verdades oriundas não da experiência, mas das crenças.

O instante presente não se importa com suas verdades, assim como o instante presente não se importa com sua personalidade.
Não é jamais a personalidade que os conduzirá a viver o não-desejo, porque a personalidade é o corpo de desejo, chamado corpo astral e corpo mental.

Existe uma barreira intransponível, chamada corpo causal, onde inscreve-se a lei de carma pertencente à Ilusão e à Verdade desse mundo, mas certamente não do Espírito.

É preciso superar esses diferentes níveis ou essas diferentes camadas, que eu chamo personalidades múltiplas, para instalar-se no Presente.
O Presente não é somente um estado de meditação ou de Vacuidade.
A Vacuidade decorre do instante presente.

Não é porque vocês fazem o vazio de seus pensamentos, o vazio de suas emoções, o vazio de seu passado, o vazio de suas projeções no futuro que a Atração nasce.
É uma primeira etapa, mas ela não é suficiente.

A etapa essencial não acontece nesses estados Interiores e nesses espaços Interiores, mas acontece, definitivamente, na conduta de sua vida exterior.


Sair da Ilusão é já não mais mentir-se, porque, a partir do momento em que vocês não mentem mais a si mesmos, vocês não podem mentir aos outros.

O que significa não se mentir?
Significa ver-se claramente como personalidade portadora de certo número de verdades que não são a Verdade, mas que são as adesões procedentes de crenças, procedentes de feridas, procedentes de condicionamentos, procedentes, de uma maneira geral, de seu passado.
Dito em outros termos, vocês não são seu passado.
Dito ainda em outros termos, vocês não são seu futuro.
Vocês são a ilusão desse passado, a ilusão desse futuro, dando-lhes a ilusão de suas próprias verdades.

Desiludir-se é ver-se claramente.
Os motores são: a Humildade e a Simplicidade.
Bem além dos comportamentos mostrados e dados a mostrar aos seus Irmãos e Irmãs, mas já no vis-a-vis de vocês mesmos.

Aceitar ver-se sem julgamento, sem culpa, com alegria e leveza, porque a leveza é a premissa da Alegria.
A personalidade não pode conhecer qualquer alegria, ela pode conhecer apenas a satisfação de um desejo vindo de uma projeção ou de uma crença.

A fonte da Alegria autêntica, chamada Samadhi, consiste já em sair das próprias ilusões concernentes às suas próprias verdades.
Esse é um mecanismo de transcendência da Verdade, de aceitação de que o conjunto do que vocês são não é o que vocês creem, procedente de um passado, procedente de uma pessoa, procedente de um papel, de uma função ou de um fazer.
É preciso, de algum modo, persuadir-se a si mesmos de que vocês nada são de tudo isso.
É aliviar-se do peso de todas as crenças concernentes ao que vocês são, concernentes ao mundo, concernentes às aparências desse mundo para penetrar A Verdade.
Naquele momento, vocês aceitam fazer o luto de suas próprias verdades e de sua própria ilusão.

Vocês começam a soltar-se de seu corpo de desejo, de seu corpo de projeção mental, para deixar o lugar para a instalação da Vacuidade, preenchendo-os de Luz, nessa Atração à Luz, nessa tensão para o Abandono, que é uma forma de Repulsão de tudo o que não é a Luz, ou seja, de tudo o que é esse mundo, ao mesmo tempo permanecendo nesse mundo, porque seu Corpo ali está e ele é o templo onde se constrói o Ilimitado.

Essa construção está presente, de toda a eternidade, apesar da falsificação.
Há apenas uma ignorância do Ser.
Os fatores os mais importantes dessa ignorância do Ser são as próprias adesões do Ser, dele mesmo, às suas próprias ilusões e às suas próprias verdades, existentes apenas o tempo da crença, fazendo-os passar de um marido para outro marido, de uma religião para outra religião, de uma situação para outra situação, de uma emoção para outra emoção.

O não-desejo é preliminar à instalação da Paz, depois da Alegria.
Enquanto existe o menor desejo, vocês estão submissos ao fogo Prometeico da Ilusão, Fogo Luciferiano.
E vocês basculam da Atração à Repulsão, no amor, nos sentimentos, nas ações.
Viver a Atração da Luz é sair da ilusão da luz, é aceitar que tudo o que lhes é dado a ver, tudo o que lhes é dado a perceber nesse mundo, não é a Luz.
É também colocar como aceitação, e não como crença concernente à Ilusão desse mundo, sem, contudo, rejeitar a Vida.
Bem ao contrário, é encontrar a Vida.

Sair de sua própria ilusão, sair de suas próprias verdades conduz ao fim da Ilusão e à instalação da Verdade, cujos pilares, eu os recordo, são: a Humildade, a Simplicidade e Aqui e Agora.

Naquele momento, e devido à chegada dos três componentes da Luz, Verídica, Vibral, então, naquele momento, e unicamente naquele momento, qualquer que seja o apelo que vocês tenham vivido, da Luz (cujo testemunho é a Coroa Radiante da cabeça), vocês poderão instalar-se no não-desejo, na Paz e na Alegria.

Naquele momento, e unicamente naquele momento, vocês poderão sair totalmente de suas ilusões e de suas verdades, porque vocês tornar-se-ão a Verdade como Filho Ardente do Sol, Ki-Ris-Ti.
Isso necessita certo número de lutos ou, se preferem, de desilusões de si mesmos, sobre a conduta de sua vida, sobre a conduta de suas relações, sobre a conduta de seus apegos, de suas ligações e de seus confinamentos.

Estar lúcido, sem culpa, porque viver o não-desejo é Alegria e Leveza e não constrangimento e peso, porque não é a personalidade quem decide, são vocês que decidem colocar-se como observador de sua própria personalidade.

Naquele momento, vocês estão conscientes de que, quando há um desejo ou uma emoção, vocês constatam que vocês não são esse desejo, que vocês não são essa emoção.
Há, portanto, uma tomada de distância indispensável e prévia ao que manifesta sua personalidade, permitindo-lhes apreender que vocês não são isso.

Tudo isso representam etapas indispensáveis ao estabelecimento do Fogo do Coração.
Dito em termos mais simples, isso pode chamar-se o Abandono à Luz, hoje desenvolvido pela revelação e pela implantação das doze Estrelas, permitindo-lhes, de maneira muito mais ativa e passiva, penetrar o Fogo do Coração.

Nada há a desejar que não esteja já, concernente ao Estado de Ser.
Nada há a desejar para um futuro, porque tudo se vive no instante presente.


O tempo, como muitos disseram, é uma ilusão total, ao qual a crença deu corpo, fazendo com que mesmo esse corpo envelheça e morra, mas, de fato, a Consciência não morre jamais, mesmo em seu confinamento.
O problema é sua identificação ao confinamento e, portanto ao peso, e, portanto, ao desejo, qualquer que seja esse desejo.

O estabelecimento da Atração à Luz e, portanto, da Repulsão de tudo o que não é a Luz, eu repito, não é uma negação da Vida, mas, bem ao contrário, uma aceitação total e integral da Vida, em todos os seus componentes, na condição de ali não se identificar, recusar qualquer identificação ao que é ilusório, efêmero e não eterno.
Naquele momento, vocês estarão prontos para viver o abrasamento do Coração.

A Ilusão Luciferiana, Prometeica, o corpo de desejo, o corpo de projeção, o corpo causal serão queimados pelo Fogo do Espírito, ao mesmo tempo mantendo esse corpo, pelo instante.
O corpo terá sido, portanto, o receptáculo físico da manifestação do Espírito, da Eternidade.
Isso é tanto mais facilitado, como eu disse, pela liberação do Sol, mas também pela fusão dos Éteres, em curso atualmente.

O mês de maio será certamente o mês o mais propício para viver e realizar isso.
Distanciando-se do ilusório e do efêmero, distanciando-se de sua personalidade e de seus próprios desejos, de suas próprias ilusões e de suas próprias verdades, então, vocês poderão sair da Ilusão e entrar na Verdade, e beneficiar-se quanto aos seus efeitos.

Quais são esses efeitos?
Eu os desenvolvi: não-desejo, Paz, Alegria, completude e plenitude.
Isso lhes permitirá desidentificar-se totalmente de sua própria personalidade, ao mesmo tempo mantendo a Alegria e a vida dessa personalidade, para os tempos que restam a correr nesse mundo.

Hoje há muita, nesse mundo, referência do «Eu sou».
«Eu sou» não é o Si.
«Eu sou» é uma afirmação da personalidade.

Viver o Si é justamente o inverso de «Eu sou».
Ou então: «Eu sou aquele que eu sou», distanciando-se do «Eu sou».

O «Eu sou» ou «I am» nada tem a ver com a Presença da Eternidade.
É a presença do ego levada ao seu paroxismo.

Viver a Verdade da Luz poderia ser eventualmente: «Eu não sou» ou «Eu nada sou», o que não é verdadeiramente a mesma coisa.

O Si não pode se afirmar como «Eu sou».
O Si vive-se pela Paz, pelo não-desejo e pela Alegria e não por qualquer decreto ou por qualquer proclamação de um estado ilusório.

Muitos ensinamentos, hoje, visam utilizar o Supramental em proveito do ego.
Nesses tempos finais em que SRI AUROBINDO disse, haverá muitos chamados e poucos escolhidos, é importante colocar os fundamentos da Verdade, não para acusar a Ilusão, mas, efetivamente, para elevar-se além dessa Ilusão, não para negá-la, mas para superá-la, o que não é a mesma coisa.

Atração.

Atualmente, a passagem do Fogo em suas Lareiras, o aparecimento do Fogo sobre a Terra e no Céu, representado pelas irradiações gama, vai induzir um despertar profundo do Fogo do Espírito, ao qual opor-se-á o Fogo Prometeico ou Fogo por atrito, traduzindo-se, sobre a Terra, por comportamentos diametralmente opostos.
Aquele do ego é da ordem da reivindicação.
Reivindicação da liberação, reivindicação do «Eu sou», reivindicação da própria liberação, mas não liberação, porque apego.

E, do outro lado, o Fogo do Espírito, transcendência e imanência, não-desejo, Alegria.
Não há dois modos de sair da Ilusão, há apenas um.
É isso o que acabo de dizer a vocês.

Aí está o que eu tinha para desenvolver com relação à Atração e seu lugar no triângulo Prometeico redimido, prefigurando sua própria redenção total, sua evolução após o Fogo do Espírito e o Fogo da Terra.

Ninguém pode escapar de si mesmo, do que ele crê e do que ele é, em Verdade.

É esse trabalho que, de fato, junta-se ao não-desejo, que se realiza ou não em vocês.

Se vocês têm perguntas em relação a isso e unicamente em relação a isso, então eu ali respondo.

Questão: no caso de volta do ego, é correto dizer-se: «Eu nada sou»?
Inteiramente.
Observar, olhar o que volta, mas, sobretudo, efetivamente considerar que vocês não são aquilo.

A identificação à volta do corpo de desejo ou do corpo de projeção, vindo de suas feridas ou de condicionamentos do humano, afasta-os do não-desejo e os arrasta para o desejo.

Em outros termos, vocês não são o Eu.
Vocês são algo de bem maior e que não é desse mundo, mas vocês não podem ser o Eu e ser essa outra coisa.

Vocês podem dizer também: «Eu sou o Alfa e o Ômega».

Questão: se um desejo aparece, na consciência, como não viver a frustração?
O desejo é ligado, justamente, a uma frustração.
Constranger o desejo reforça a frustração.

Não há, portanto, que lutar contra o desejo que o reforçará.
Não há, tampouco, que sucumbir ao desejo.

Trata-se de um processo de desincrustação do desejo.

O desejo é feito para fazê-los sair do instante, apelando para uma satisfação situada no instante seguinte, qualquer que seja esse instante seguinte.

Imagine que se encontre diante de você, sobre uma mesa, o objeto que você deseja acima de tudo, que lhe daria o maior prazer absorvê-lo, possuí-lo, o que dá exatamente no mesmo, seja um objeto ou um ser humano.

Renunciar não quer dizer frustrar-se.
É já sair do desejo, não recusando o desejo, não aceitando-o, mas tomando consciência de que você não é esse desejo que pertence ao seu corpo de desejo, que não é você mesmo.

Reenquadrando-se no instante, você sairá da projeção desse desejo vindo do passado, de um condicionamento, de uma crença ou de uma ferida.
O corpo de projeção ou o corpo mental, pouco a pouco ou rapidamente, soltará.
O desejo desaparecerá por si.

O contentamento do desejo reproduz o desejo.
A frustração do desejo reproduz o desejo.

Se você aceita ver-se em todas as partes de si mesmo, ilusórias, nos diferentes corpos de que acabo de falar, pouco a pouco, o próprio fato de ver-se e de aceitar ver-se o colocará na distância e mesmo na recusa, na desidentificação do Eu para penetrar, através da Humildade e da Simplicidade, na Inteligência da Luz e em sua dimensão de Eternidade.

«Eu nada sou» ou «Eu sou Tudo».
O que não é: «Eu sou».
Sendo o Tudo, você não pode ser uma parte que exprime um desejo, porque o Tudo não tem necessidade de nada, apenas Ser.

Questão: o que é do não-desejo sentido no âmbito de períodos de «depressão»?
Aproveite esse período de não-desejo para percorrer o caminho do Ser.
A depressão é a negação do desejo, o que não quer dizer que não haja desejo.
Estes estão frustrados, não é o não-desejo, no quadro da depressão.
Não é o Ahimsã, mas o lado oposto ao desejo, não tendo sido satisfeito e manifestando-se pela auto-frustração ou a auto-punição.

É o mesmo quando um desejo não pode ser satisfeito.
Naquele momento vai aparecer um não-desejo, mas que é apenas uma frustração, porque, no caso da depressão e da frustração, há lamento, devido ao não desejo.
Na Verdade do Ser há não-desejo e plenitude, é profundamente diferente.

Questão: na noção de desejo você inclui as necessidades/desejos essenciais, como dormir?
O desejo de dormir não é um desejo, mas uma necessidade, imposta pelo corpo.
Não confunda o desejo e a necessidade.
No que concerne, por exemplo, à sexualidade, você vai disfarçar o desejo em necessidade.
Não existe necessidade nesse nível, existe apenas um desejo.

Questão: ao nível da nutrição, ao nível da água, existe uma necessidade, igualmente?

Sim, mas, por vezes, essa necessidade pode tomar, aí também, a máscara do desejo.

Questão: como fazer a diferença entre uma necessidade e um desejo?
A necessidade é uma evidência corporal.
O desejo é uma evidência do corpo de projeção ou do corpo de desejo.

Se há sintomas reais de falta de nutrição, então, você provará o vazio e seu corpo dirá, pelos sintomas que lhe são próprios, que ele precisa comer.

Se você se põe a salivar, sem ter fome, diante de um alimento que lhe é apresentado, isso é um desejo e não é uma necessidade.

A necessidade não é exprimida por outra coisa que o corpo.
Ele traduz a necessidade no sentido fisiológico.

Quando você diz: «Tenho necessidade de respirar», em relação a uma situação, ou: «Tenho necessidade de ar», é um desejo ou é uma necessidade?
É a mesma problemática.

A necessidade é fisiológica e inscrita no corpo.
O desejo é inscrito no corpo de desejo e não no corpo.

Eu repito: geralmente o desejo disfarça-se em necessidade.
Mas a diferença essencial situa-se no pedido do corpo.

Se tomamos o exemplo da sexualidade, caso o mais corrente para o humano: você vê uma pessoa, seu corpo pode reagir sem que você tenha o mínimo desejo, isso acontece.
É uma necessidade.

Mas essa necessidade, contudo, será satisfeita?
Porque há necessidade, concordo.
Naquele momento, a necessidade vai transformar-se em desejo e em frustração.

Você pode ter um desejo, no domínio dos fantasmas, sem qualquer necessidade.
Trata-se do corpo de desejo e não do corpo físico.

Compreenda efetivamente que, quando você descobre e vive o Fogo do Coração, o Ahimsã (não-desejo, Paz e Alegria), você pode comer por prazer, mas sem desejo.

Nada é proibido.

Simplesmente é preciso definir a origem e o fim de um ato ou de um evento.
Num caso, há não-desejo, o Ahimsã, então, as coisas são claras: a Consciência vê claramente a ausência de necessidade, a ausência de desejo, mas nada o impede de privar-se de um prazer que não é um desejo.

Pouco a pouco, ou brutalmente, você não terá mesmo mais necessidade de manifestar esse prazer, traduzindo-se, então, por modificações espontâneas de comportamentos, quaisquer que sejam, alimentares, sexuais ou outros.
Isso não é uma frustração, mas você é, literalmente, nutrido pela Luz.

Naquele momento, efetivamente, pode muito bem não mais ter necessidade de dormir, de comer ou mesmo de respirar.

Questão: como diferenciar necessidade e desejo na participação desse gênero de estágio?
Isso é pessoal.
Se não há necessidade, se não há desejo, então, é um prazer.
Mas esse prazer, como qualquer prazer, é supérfluo.

Assim, portanto, efetivamente, você não tem necessidade de ninguém para realizar o Si.
Mas eu repito: ser capaz de desincrustar-se sozinho de tudo o que é a personalidade.

A dinâmica de grupo permite justamente aproximar-se disso, porque os outros são tantos espelhos remetendo-nos a nós mesmos e, portanto, ao Eu que não é o Si.
A solução ou a resposta à questão é simplesmente: você está na Alegria ou você não está na Alegria, o que quer que você faça?

Questão: o que pode agradar à personalidade desagrada forçosamente à individualidade espiritual?
Apenas a individualidade é quem pode responder.

Lembre-se também de que eu falei de personalidades múltiplas e de que frequentemente a pretensa individualidade é apenas o reflexo de outra personalidade presente na personalidade.

Como fazer a diferença?
Não é, nesse caso, pelo não-desejo (que pode ser sugerido pela individualidade que é, de fato, uma personalidade complexa), mas pela Paz e pela Alegria, e, sobretudo, pela transparência.

Na transparência não pode existir o mínimo conflito entre uma personalidade e uma individualidade, que não existe.

Questão: pode-se dizer: «Eu sou a Fonte na busca dela mesma»?

Não há busca.
A busca é uma ilusão do ego.
Há desvendamento e revelação.

Essa revelação não é uma busca, é um estado.
Buscar é atribuir peso à personalidade.
Nada há a buscar que não esteja já.
Sobretudo agora.

Questão: poderia voltar a desenvolver sobre a noção de transparência?
A transparência é deixar passar a Luz.
Não mais manifestar resistência.
Tornar-se transparente necessita não mais existir, não mais reivindicar o que quer que seja.
É tornar-se, efetiva e concretamente, a Luz.

A transparência de que falo é, obviamente, em relação com a transparência de uma vidraça.
É exatamente a mesma coisa.

O ego, ligado ao fogo do ego, é o fogo da resistência à transparência, ligado ao isolamento e ao confinamento na ilusão.

O ego existe apenas pela resistência, porque, se não houvesse resistência e sim transparência total, naquele momento, vocês se dissolveriam inteiramente na Luz e viveriam a Alegria e o Samadhi.

Questão: a atividade sexual é, no entanto, o apoio da reprodução, da criação.
Eu responderia muito simplesmente.
Se os humanos tivessem parado de procriar, a Ilusão não existiria mais.
Isso explica porque a grande maioria de Seres despertos, inteira ou parcialmente, homem ou mulher, jamais tiveram descendência, exceto Cristo, por outras razões.

Questão: o que significa que o desejo de reproduzir-se não é ligado à criação original?
Absolutamente não.
Nos mundos Unificados você se cria a si mesmo.
Você não passa por uma filiação biológica.

Nos mundos carbonados livres, a procriação, no sentido em que vocês entendem e concebem e praticam, não existe, absolutamente.

Quando Maria lhes diz que vocês são seus filhos, vocês saíram do ventre dela?
Maria não é absolutamente sua mãe, no Espírito.
Vocês são os filhos do Um, os filhos da Fonte.

Questão: em que, nos mundos Unificados, cria-se a si mesmo?
Não compreendo a pergunta.
Criar-se a si mesmo, nos mundos Unificados, é não passar por uma fileira biológica.

Ser os filhos de Maria corresponde à carne, isso não quer dizer que Maria criou, mas que vocês são portadores de sua carne, como vocês são portadores de Cristo, dos Arcanjos, do mesmo modo.

Nos mundos Unificados você cria um corpo, você manifesta esse corpo, instantaneamente.

Nos mundos carbonados ditos Unificados há gestação, mas essa gestação corresponde a uma necessidade.

O corpo carbonado tem uma duração de vida que não é eterna, contrariamente aos outros corpos.

Uma Consciência livre, manifestando-se num corpo, decide deixar um corpo e reinvestir outro corpo.
Esse outro corpo vai, portanto, recorrer a genitores, que o aceitaram, mas que não o decidiram pelo desejo, prazer ou reprodução.

Raros são os seres humanos que podem dizer ouvir uma alma desejando exprimir-se ao lado deles.
Mas isso nos afasta, aí também, extremamente do que eu falo.

Eu os agradeço se voltarem ao que falei.

Não temos mais perguntas, agradecemos.


Então, juntos, vivamos nossa Graça e nosso prazer de estarmos juntos.
Que as bênçãos do Um os sigam e os precedam.
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NDR: informações comunicadas por Anael em 1º de maio de 2011: "Ahimsã significa não-violência (e não não-desejo), em ressonância com o fato de que o desejo é uma forma de violência no sentido em que ele exprime uma atração ou um impulso da personalidade, em ressonância com o corpo de desejo/corpo astral. O corpo astral é um corpo cujo motor é a violência."

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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com

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