Perguntaram-me há um tempo atrás: “você não se preocupa em ferir os sentimentos alheios com o que você diz ou escreve?”
Respondi: não, não me preocupo.
Bem, vocês podem imaginar a reação indignada que isso provocou no pequeno círculo em que me encontrava. E, de repente, alguém me disse: “e você não vai explicar esta sua postura?!!”
Respondi: vou, vou sim, embora não me importe com a aceitação, ou não, por parte de vocês, sobre ela e/ou seus motivos. Estando isso bem claro (pelo menos para mim), vou esclarecer minha resposta, aparentemente tão chocante e absurda.
Eu não me preocupo com a reação dos outros ao que eu faço, ao que eu falo ou à maneira como expresso o que sinto, simplesmente porque sempre procuro fazer tudo isso conforme o ‘meu melhor’ naquele momento. “O que sei e o quanto sei”, “o que sou capaz e de apenas o quanto sou capaz”, é tudo que me orienta na vida e nos meus relacionamentos.
E como isso não pesa, em absoluto, sinto-me leve, livre e solto para poder ser quem EU SOU. E também como não permito que haja cobrança e nem expectativa sobre mim, sinto-me à vontade para fazer o que EU quiser. E como acredito que o que EU SOU, o que EU quero e o que EU faço estão em harmonia com a Vontade Maior – que é a de que eu ascensione para mundos unitários e mais elevados e promova sempre o que for para o bem maior de todos – simplesmente EU estou em paz comigo, com o mundo e com as pessoas.
E quando estou nesse clima, É IMPOSSIVEL que eu possa “ferir os sentimentos de alguém”.
Mas, ainda insistiram: “e se as pessoas se magoarem com o que você diz?”
Respondi: isso não me diz respeito.
Gosto de me lembrar uma frase de grande sabedoria, embora de pouco entendimento por muitos: “Viva de tal maneira que nunca precise pedir desculpas”.
Chocante?
Não. Apenas instigante.
Anthar
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